História
Pedro Afonso

Município: Pedro Afonso do Tocantins
População Estimada: 14.731 pessoas (IBGE - 2024)
Gentílico: Pedro Afonsino
Data de Criação: 15 de julho de 1937
Área Total: 2.019,556 km²

Histórico
Localizada no coração do Brasil, entre os rios Tocantins e Sono e a 206 km da capital tocantinense Palmas, a cidade de Pedro Afonso foi fundada em 1847. Seu nome originou-se de uma homenagem do Frei Rafael Taggia, missionário da ordem de São Francisco e fundador da cidade, ao príncipe D. Pedro Afonso de Orleans e Bragança.
O lugar onde está localizada a sede municipal de Pedro Afonso tinha outrora a denominação de “Travessa dos Gentios” em virtude das correrias que se faziam, e era habitado por indígenas, sendo a principal nação a dos Xavantes.
Assim tão logo desembarcou, mandou construir diversas barracas para si e seus soldados e, separadamente, uma capela. Em seguida chamou toda a tribo e aldeou-a no lugar chamado São João a 24 quilômetros do arraial improvisado. Em São João fundou, o padre Taggia, um colégio destinado à educação dos filhos dos selvagens.
Em julho de 1845, à grande aldeia dos Cherentes o reverendo Frei Rafael Taggia, missionário da ordem de são Francisco, acompanhado de um inferior e dez(10) praças de pré. Como é público e corrente, vinha o nobre capuchinho engarregado pelo Governo Providencial de promover a catequese dos gentios. Assim, tão logo desembarcou, mandou construir diversas barracas para si e seus soldados e, separadamente,uma capela. Em seguida, chamou todaa tribo e aldeou-a no lugar chamado São João, 24 quilômetrodo arraia improvisado. Em São João fundou o Padre Taggia um colégio destindo á educação dos filhos dos selvagens, mas, certo dia, em decorrência de repreensão feita pelo educador a umas das crianças,os índios se revoltaram contra seu benfeitor que, receoso, de regressar ao arraial em formação, onde mais tarde a Lei providencial n.º 546 de agosto de 1875,criou um distrito de paz. ainda assim o espírito de revolta e de vingança dos índios, qualidades que lhe são peculiares, não calara de todo e, um belo dia, um poderoso exército decidiu-se a dar cabo do virtuoso desbravador. Aconteceu que, em marcha, ao chegar ao ribeirão próximodo arraial, estacou surpreso, ficando os agressores aterrozidos com o milagre que lhe deparava: o pessoal em armas ao lado do padre era um número superior e, como era natural, fizeram os índios renderam-se. Neste dia, ás 8 horas da manhã, Frei Rafael, qual novo São Francisco de Assis, à porta da sua capelinha, á guisa de batismo, passou a mão na cabeça de 300 índios, fazendo-os regressar a São João.
Com o aumento considerável da população a que vieram juntar-semais de 5000 índios, vindos de Riachão, Estado do Maranhão, obedientes à direção de Frei Raffael, o arraial desenvolveu-se rapidamente, passando em 1903 á categoria de Vila de São Pedro Afonso.
Cooperou pela criação do novo município, o senhor Francisco Casemiro.
Como chefe de valor que soube ser, na primeira legislatura fez sentar-se ´cadeira de Deputado Estadual, como representante de Pedro Afonso, o coronel Daniel Ferreira dos Anjos, espírito trabalhador que muito fez pelo completo surgimento do município, não só reformando o aparelho administrativo como também implantação, em pouco tempo, a ordem, a disciplina e a moral. O coronel Daniel morreu pobre, deixando à posterioridade o exemplo de servir melhor à coletividade que os interesses particulares.
A febre da borracha do Araguaia, em 1910, foi, um dos maiores fatores do progresso de Pedro Afonso. A Bahia nessa ocasião fazia seu intercâmbio comercial com o baixo Araguaia, servindo-se do Rio Sono para escoar as suas mercadorias; estas, aqui desembarcadas, eram muitas vezes vendidas aos comerciantes locais com uma redução de 30 a 40% sob as importadas de Belém de São Luís- tornando-se destarte o maior empório comercial da época no alto sertão.
Em 1911, movidos pela política e a ganância comercial bandoleiros ateiam fogo no seio da pacata população e três anos depois, Pedro Afonso era um montão de ruínas. No ano de 1924 as novas cenas de banditismo ensanguentam o solo pedroafonsino.
Em 1924, novas cenas de banditismo ensanguentam o solo pedro-afonsino: Cipriano Rodrigues proclama-se chefe de bacamarte no norte e como tal comete toda sorte de tropelia, roubo e assassinato. Morto em 1925, consolida-se a ordem e a tranquilidade. Os habitantes, despojados de sua terra natal, que puderam escapar-se à fúria inimiga, regressam de novo aos lares carbonizados.
Assim, já em 1937, por ato de Excelentíssimo Sr. Dr. Pedro Ludovico Texeira, então governador do Estado, Pedro Afonso era levado à categoria de cidade e consequentimente a sede de comarca, por Decreto n.º 118, de 15 de junho de referido ano. A sua instalação, por motivo justificados, só a 16 de abril do ano seguintese verificou. Nessa ocasião tomaram posse o exceletíssimo Srs. Juiz de Direito e Promotor Público. Esse um dos mais agigantados passos dados pelo município à escalada do progresso e da civilização, devendo-se quase que exclussivamente ao denodo e patriotismo de então Deputado João de Abreu, autor do projeto e o que mais se bateu pela vitória dessa causa.
Pedro Afonso parece que, pela sua posição geográfica, sempre foi fadado a um grande destino. Em decorrência desse fator, para aqui fora criadas uma Subdiretoria da Fazenda, hoje Departamento da Fazenda e uma corporação da política militar, 4ª Companhia Isolada, destinada a garantir as atribuições do fisco estadual, equilibrando também a paz e a harmonia no seio da população do alto sertão.
Uma das principais cidades estado do Tocantins, antigo norte goiano, a cidade guarda em sua memória marcas importantes de sua centenária história. Entre elas o protagonismo na luta pela criação do Estado do Tocantins, que tem em sua história recente, nascimento no ano de 1940, por meio do Comitê pela Criação do Território Federal do Tocantins, instituído por Ibanez Tavares dos Reis, na rua Barão do Rio Branco, centro de Pedro Afonso.
Por meio de informativos contanto a ideia do território do Tocantins, o comitê disseminou pelas principais cidades do país, a proposta da divisão territorial, tendo, na época do Estado Novo, comandado por Getúlio Vargas, um apoio por intermédio do então Coronel Lysias Rodrigues. Entretanto, com a morte de Getúlio, em agosto de 1994, o sonho de território do Tocantins, que teria Pedro Afonso como capital, devido sua importância geográfica, foi engavetado.
ASPECTOS GEOGRÁFICO:
Além de forte polo econômico, os diversos atrativos turísticos de Pedro Afonso constroem em todo o município cenários paradisíacos de praias Rio Sono, Ilha do Tocantins, Praia do Duga, que se formam as margens dos rios Tocantins e Rio Sono, e a coloca como um dos destaques dos roteiros turísticos e ecoturismo do Tocantins.
O município também conta um comercio varejista em expansão, sendo destino certo para quem busca investir em novos lugares. Com o desenvolvimento a cidade viu-se multiplicar e crescer nos últimos anos, por meio de diversos investimentos e obras que beneficiaram toda uma região. Apesar dos avanços, o cuidado com o meio ambiente, tornaram o município nacionalmente reconhecido pelo pensamento ecológico. Já a atenção dada a história é uma das características que mantém viva no coração dos pedroafonsinos tradições que se perpetuam durante anos.
A cidade de Pedro Afonso se acha localizada na Zona Norte do Estado, na confluência dos rios Tocantins e Sono, limitando com os municípios de Tocantínia, Tupirama, Lizarda e Itacajá. A sede municipal está situada a 8° 58' de latitude Sul e 48° 10' 48"de longitude W.Gr.
Fonte do histórico:Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatística IBGE
Bandeira do Município
